Supressão de Árvores causa indignação em Águas de São Pedro

Publicado em: 12 de janeiro de 2012

A população de Águas de São Pedro levantou sua voz, esta semana, contrária à supressão de dois espécimes arbóreos nas instalações da Estação de Tratamento de Água (ETA) da SABESP. No local havia três espécimes de grande porte, uma mangueira, um abacateiro e um jatobá. O abacateiro e a mangueira foram suprimidos do local, sem nenhum critério ou motivo razoável que justificasse suas retiradas. O jatobá foi podado drasticamente, reduzindo sua copa de maneira contundente e desnecessária.

Águas de São Pedro foi fundada em 1.940 (há 71 anos), e a existência da mangueira, segundo relato de moradores mais antigos, deu-se nos seus primórdios: “– Um dos munícipes que nos procuraram disse que quando casou, em 1954, ou seja, há cinquenta e sete anos atrás, a mangueira já era frondosa e dava frutos. Ora, se um pé de manga demora em média oito anos para produzir, a árvore tinha no mínimo sessenta e cinco anos (65 anos). Estava na meia idade, vez que vivem mais de cem anos (100 anos).”, afirmam os vereadores professor Marco Berto e Célio Nascimento. 

Os vereadores foram até a sede da SABESP para tomar informações sobre o projeto de melhoria da ETA, e foram informados que no local das árvores haverá grama e flores, ou seja, nada que justificasse a retirada das árvores, que gozavam de excelente estado fitossanitário, com excelente vigor e sem sinais de lesões ou de senescência (envelhecimento).

De posse das informações, os vereadores questionaram o Secretário de Meio Ambiente Raimundo Lázaro Profício, que lhes disse que o corte foi autorizado mediante o plantio de cinquenta mudas de árvores frutíferas na parte posterior da ETA.

A Lei Municipal nº 1.497, de 28 de dezembro de 2009, de autoria do vereador Marco Antonio Berto regulamenta e norteia a Arborização Urbana no município de Águas de São Pedro. Segundo os vereadores, a Secretaria de Meio Ambiente desrespeitou a lei ao permitir a supressão e retirada das duas árvores sem o aval do CONDEMA, Conselho de Defesa do Meio Ambiente, consulta deliberativa obrigatória para retirada de espécimes de médio e grande porte.

“- Para a SABESP retirar as árvores precisaria de um laudo emitido por técnico habilitado da Secretaria do Meio Ambiente incluindo, detalhadamente, o número de árvores, a identificação das espécies, a localização, o estado fitossanitário, a justificativa da necessidade da intervenção, documentação fotográfica elucidativa e responsabilidade técnica do profissional habilitado. Além do Secretário ter dever legal de consultar o CONDEMA, que é, nos ditames da lei, quem autoriza a retirada.”

 A população, indignada e revoltada com a retirada das árvores, pedem aos vereadores uma resposta, que deve ser pública e notória, segundo os mesmos: “- Não podemos ficar parados e calados diante de tal situação. Uma árvore dá sombra, dá frutos, atrai pássaros e nos dá o fôlego da vida, o oxigênio. Se não cuidarmos do Meio Ambiente, o que será dos nossos filhos e netos? Nós já estamos na meia idade, mas e eles, qual será a Águas de São Pedro que deixaremos enquanto vereadores? Temos que cuidar do hoje pra termos o amanhã. Sem esquecer ainda da importância histórica daquele indivíduo arbóreo, tristemente eliminado, cassado, extinto de nossas existências. De um dia para o outro tomba inerte uma árvore de quase setenta anos. Queremos respostas à população de Águas de São Pedro.” Finalizam os vereadores Célio Nascimento e Marco Berto.

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Publicado por: Vereadores Marco Antonio Berto e Célio do Nascimento

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